segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Contando à SuperFilha sobre o Natal...


Diários do Papai, 23 de dezembro de 2018
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E foi numa noite como essa
Que uma estrela ficou espessa
E iluminou o céu mais que as demais...
E Deus se deu em uma criança
Especial para se tornar esperança
Simplesmente nascendo entre os animais...
E se criaram três sábios do oriente
Para lá seguir e ofertar presentes
Ao menino divino e iluminado...
Da estrela se fizeram os sons
Das trombetas de anjos bons
Anunciando a vinda do amor encarnado!
Não se sabe bem quando tudo se deu
Assim como a hora se perdeu
Pois não existia relógio ou calendário...
De fato, isso só passou a existir
Muito depois de o menino se ir
Quando o Deus-Homem já se fazia legendário...
E cá estamos você, os gêmeos e o Papai
Nesse fim de 2018 anos do Filho do Pai
Nessa festa de aniversário mais que abençoada:
Feliz Natal à Mamãe, Vovós e amiguinhos
Que você conquistou por esse caminho
- E que Deus nos ajude no que vier da nova estrada!

(Dilberto "SuperPai" Rosa)


E nesse fim de temporada
Difícil, ano duro e um pouco mal,
Quase nem se arrumava nada
Além da sua tão querida árvore de Natal...

terça-feira, 6 de novembro de 2018

B-I-C-I-C-L-E-T-A


Diários do Papai, 6 de novembro de 2018
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E a SuperFilha, na noite desta terça-feira, aprendeu a andar de bicicleta! Especialmente "incentivada" pelo fato de os SuperGêmeos terem ganhado, recentemente, suas primeiras bicicletas com rodinhas e também por  uma forte "concorrência" com os mais jovens do supercondomínio - Pai, não quero mais essas rodinhas, isso é coisa de criança pequena: 'tou cansada de um monte de menininhos virem me provocar porque já andam sem elas... -, desde julho que era para eu ter procurado um bicicleteiro aqui perto para tirar esse suporte e fazer os devidos ajustes na catraca (seu modelo era, originariamente, de marchas), mas só ontem fui atrás... Ainda em tempo: com atraso, mas a idade continua 8 anos!

Pai, será que eu vou cair muitas vezes até aprender...?!, perguntava ainda uma muito assustada Filha, no agora inseguro equilibrar com as pontas dos pés diretamente no chão, pelo corredor do nosso andar em direção ao elevador. No que, infelizmente, a Mamãe não soube ajudar muito - Ah, cai, sim, meu amor; faz parte... Eu mesma caí muitas vezes até aprender... E nem sei como faremos, porque não vou poder correr segurando você e ainda acompanhar os gêmeos; você sabe, seu pai nunca desce...

No entanto, de alguma forma, senti que aquele dia seria especial e abri uma exceção na minha sempre comodista agenda de organizar minhas coisas no escritório justamente na hora descer com a gurizada e encarar os vários boas-tardes, com os vários condôminos com seus vários cachorros... Na verdade, a exceção meio que foi aberta à fórceps, uma vez que a Mãe me ligou em desespero para acudi-la com os três, um pra cada lado! E foi o que fiz: no início, eu me dividia entre dar atenção ao SuperFilho, já nervoso e impacientado com sua bike, e correr segurando o selim da mais velha enquanto ela pegava os primeiros impulsos...

Foi assim que eu aprendi, minha filha... E olha que comigo foi bem tarde, eu já com 12 anos, quando retomei, na casa de um primo no Interior, as poucas noções que tive de equilíbrio quando minha mãe, sua Vovó-Dinha, comprou uma bicicleta grande para o seu tio e eu "aproveitava", aos 7 anos!... Ela, portanto, no alto dos seus oito aninhos, estava no lucro! E foi bem mais rápida e eficiente que eu, uma vez que, nem bem pisquei os olhos, a mãe já lhe dava as últimas orientações e lá seguia minha garotinha sozinha, até o final da quadra... O que minha SuperFilhotinha, por sua vez, não via com bons olhos, enciumada de ambos os pais estarem dando mais atenção à irmã, e saía gritando a cada palma que batíamos por qualquer sucesso desembestado de equilíbrio: - Mãããe, eu ganhei, eu cheguei primeeeeiro... Palmas 'pa' mim!...

E assim, a poucas horas de subir de volta para o alto da SuperTorre, de repente senti uma estranha alegria de leveza: a ideia da bicicleta dá um conforto de independência, ainda mais quando o quadro se completa sem a opressão das rodinhas! E, mesmo com os meus pequenininhos ainda com esses suportes, era gostoso ver ambos já darem suas primeiras curvas e se levantarem, sozinhos, das primeiras quedas... E a sensação boa ficava mesmo em eu poder estar ali, participando de todo aquele evoluir, onde, numa noite, piscavam-se os olhos e se presenciava tanta coisa junta, tanto voo de bicicleta liberta em direção às nuvens... Nuvens... Opa, mas o que vejo no céu?! Juro que vi, apesar de não ter tido testemunha do ocorrido, uma nuvem ligeira, passando pela lua cheia, em formato de bicicleta...

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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Nossas Crianças...!


O feriadão até que foi bom para a meninada aqui de casa, com direito a uma volta rápida em dois shoppings (ora com todos, ora somente entre a Mamãe e a SuperFilha), a uma passadinha-relâmpago na praia (pouco antes de uma chuva!) e a desenhos animados na TV e recreações no play do SuperCondomínio sem restrições! E, apesar de certos desinteresses rapidamente gerados em torno dos brinquedos ofertados - um caminhão gigante dado pela Vó-Dinha ao SuperFilho; uns carimbos educativos de madeira com as letras do alfabeto que ofereci aos SuperGêmeos enquanto suas superbicicletas não chegavam (o que ocorreu hoje, mas só devo procurar montar amanhã...); e um há muito ansiado kit de mágicas para a Filha (que parece tê-lo feito desaparecer logo após conhecer alguns truques...) -, o Dia das Crianças deste ano foi bem vivenciado!

E, em continuidade aos feriados escolares, esta segunda é Dia dos Professores. E, aproveitando que o Papai aqui, além de possuidor de alma e coração de criança repleto de esperanças, também é um professor, não poderia deixar de me inquietar profundamente com a atual ascensão de um presidenciável que, completamente despreparado cultural, política e psicologicamente - vide seu total desconhecimento de História e do próprio país que quer governar, seu histórico como deputado federal improdutivo há quase 30 anos e as inúmeras polêmicas e maracutaias em que se meteu -, não só cresceu unicamente embasado em viralizações virtuais vazias e cheias de preconceitos, ódio e imagem de "honesto", como também sempre possuiu as piores e mais destrutivas propostas e "ideais" sobre inúmeros temas tão urgentes, como a Educação, que, num possível mandato seu, não veria qualquer projeto concreto de melhorias para os profissionais da área, teria ensino à distância desde o ensino fundamental ("para combater o Marxismo"...!) e teria que encarar, até mesmo, a paulatina extinção do Ministério da Educação!

Hoje, ao final desse interregno de datas tão simbólicas em torno da geração do futuro do Brasil e dos seus mestres, eu me quedo consternado com o fato de alguém que, em relação às crianças e adolescentes tão necessitados deste País, é capaz de esbravejar aos quatro ventos que encoraja o uso de armas de fogo para crianças e que o "Estatuto da Criança e do Adolescente deve ser rasgado e jogado na latrina", e, ainda assim, lançar-se como um adorado modelo "cristão" de "cidadão de bem", "por Deus e pela família", e ser adorado como um "mito" por milhões de brasileiros que parecem ter perdido inteiramente o bom senso e, como uma turba de ensandecidos que sofreram uma estranha lavagem cerebral política que os levou em retrocesso para os cinzentos anos 60 "contra o Comunismo" e a "favor da família" (qual "modelo"?) e do "Movimento Militar" (bem como de todas as suas atrocidades veladas tão em voga nos dias atuais), seguem a pisotear quem e o que estiver em seu caminho rumo ao Poder de seu Supremo Líder...

Eu, pai de um menino autista (que já sofre com exclusão por ser "diferente") e duas supermeninas lindas, que não foram "fraquejadas" e que empodero desde já contra um monstruoso mundo machista, encerro com o grito de alerta do título desta postagem-desabafo e com as lamentáveis imagens seguintes, em que muitos pais e o próprio candidato, endeusando um Patriotismo fascista, cego e improdutivo no afã de associar país a militarismo no Poder e na construção da figura de um "herói nacional" e "salvador da pátria", chegam ao absurdo obscurantismo de incentivar crianças a fazerem o "símbolo" de sua campanha: a simulação, com ambas as mãos, de estarem atirando em alguém... O Estado é laico, deve governar para todos os tipos de pessoas e famílias existentes, sem qualquer discriminação e com as devidas inclusões, e jamais se transformar numa força de repressão bélica sob o pretexto de "controle da segurança" - especialmente um país como o nosso, com tantas crianças precisando de um livro numa das mãos e, na outra, de um preparado mestre a orientá-las, para lutar, com ideias, por um futuro melhor de paz e progresso para todos...
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quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Crescendo


SuperGêmeos já devidamente a postos em suas cadeirinhas e a irritabilidade do pós-meio-dia imperava, aquela gritaria no carro: o SuperFilho, nervoso com alguma pequena contrariedade qualquer, já se debatia e tentava abrir a porta do seu lado esquerdo como forma de protesto; a SuperFilhotinha exigindo do flanco direito, aos berros, que sua canção preferida da vez tocasse logo no carro... E o Papai aqui, já tendo ligado para a recepção da entrada/saída dos "meninos maiores" do Fundamental para que a SuperFilha fosse chamada antes pelos microfones, vinha conduzindo o carro da entrada do Infantil até ali, parando de forma meio irregular entre um canto da última vaga e a faixa de pedestres do Fundamental, e, naquela espécie de drive-thru improvisado que praticávamos há tempos, esperava a Filha já estar na recepção e nos avistar o quanto antes para vir correndo sentar ao meu lado, e, em seguida, voarmos para casa no tempo certo de todos chegarem acordados, almoçarem, descansarem, fazerem as tarefinhas...
– Oi, Pai!
– Olá, meu amor lindo: tudo bem?
– Tudo... Só ainda chateada com o recreio, que tem ficado muito curto...
– Não é porque vocês, meninas, insistem naquele "lanche comunitário" e acabam perdendo muito tempo com todo esse lance social?
– Até que não... Ficou chato isso: – Ei, você tem que vir, porque TODAS as meninas estão lanchando juntas... Tem dia que eu não quero e prefiro merendar com o Gui...
– É só dizer... Mas me conta mais: como foi o seu dia, minha rainha?
– Foi bom... Voltei a ser amiga da Letícia!
– E isso é bom?
– Acho que sim...
– Como assim? Não foi ela quem deixou de ser sua amiga? Passou a viver te provocando?
– Por isso é que voltei a amizade: 'tava cansada disso!
– Mas foi ela ou foi você quem retomou?
– Fui eu... E eu também não aguentava mais as pessoas perguntando: – Mas por que você não fala mais com ela... Vocês eram tão amigas... Agora não tem mais isso!
Preocupado com sua autoestima, a fim de não permitir que ela crescesse como essas meninas tolas de hoje em dia, ávidas pelas aparências e com "o que vão pensar" pelas redes sociais da vida, respirei fundo e passei a lhe falar que ela precisava se valorizar, jamais se preocupando em agradar ou com o que vão pensar, no que ela logo me interrompeu, categórica:
– Pai, só fiquei amiga dela; não voltei a ser melhor amiga... Também não vou fazer slime pra ela como fiz para as outras e, se ela voltar a me provocar, deixo de ser amiga dela outra vez!
Preocupado que estava com todo aquele projeto de pragmatismo social, eu que sempre soube ser só e a valorizar muito poucas pessoas no meu convívio sem sair adotando a todos como "amigos", acabei me acalmando com a consciência da minha garota diante de tudo! Sem dúvida, ela estava crescendo... E, ao olhar pra trás pelo retrovisor de dentro do carro e perceber que os gêmeos já dormiam, eu elucubrava com meus botões sobre como chega cedo o dia em que os filhos começam a seguir caminhos acertados independentemente do que você determina, valendo-se de suas próprias capas em voos solos – eu só não esperava que fosse tão cedo...
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terça-feira, 11 de setembro de 2018

Salvando o nosso tempo...



Uma pequena super-heroína para compor o novo quadro Titã...
Apesar de não estar nem um pouco disposto a encarar uma sessão de cinema com uma aparentemente chata e metida a engraçadinha versão infanto-juvenil de personagens de HQs no último feriado de 7 de setembro, o Papai aqui aceitou a pressão da SuperFilha, deixou a Mamãe e os SuperGêmeos em casa e seguiu para o cinema de shopping mais próximo da nossa casa para assistir a Jovens Titãs em Ação – e, surpreendentemente, acabei por dar boas risadas em muitos momentos do filme! Uma pena que a falta de referências do ainda limitado universo pop-cultural da criançada (bem como do pequeno grupo de adultos e adolescentes acompanhante) fez com que, por várias vezes, eu estivesse sozinho na compreensão das piadas e, consequentemente, nas gargalhadas...

– Estou velho... - pensei, quase que imediatamente... Só assim para me dar bem com referências a filmes como De volta para o futuro (1985) e O Rei Leão (1990), além de outras inteligentes sacadas da animação cheia de zoeiras do Cartoon Network, que também homenageou e debochou de várias fases dos principais super-heróis da DC Comics (sem esquecer a concorrente Marvel)! Porém, por mais que eu me esforçasse em explicar certas tiradas para a minha garotinha de 8 anos, muito acabava por "se perder na tradução" para a minha aspirante a super-heroína...

Imagem relacionadaGraças a Deus que o mesmo não ocorreu, duas semanas antes, com o sensível Christopher Robin - Um Reencontro Inesquecível: ainda que apelando para inúmeros e batidos clichês dos filmes de autodescobertas de maduros personagens em crises (na velha fórmula "pai/marido ausente com esposa/filha, por excesso de trabalho, descobre-se melhor graças a um amor/infância do passado"), a pureza dos maravilhosos personagens da turma do Ursinho Pooh e muitos diálogos filosoficamente inspirados fizeram dessa sessão algo mais compartilhável entre todas as gerações presentes no cinema...

Afinal, não é todo dia que se pode reencontrar cada um dos bichinhos de pelúcia (ou seria da imaginação?) da sua infância e ter conversas como – Estou rachado... (Christopher, muito triste) – Não vejo rachaduras... Só algumas rugas, talvez... (Pooh, inocente), ou – Para onde vamos? (Chris, retornando ao famoso "Bosque dos 100 Acres" depois de adulto) – Não sei... Mas sempre que quero ir para algum lugar, primeiro me afasto de onde eu estava antes... (Pooh), ou, melhor ainda, – Você é um herói, Christopher Robin... (Pooh) – Não sou, não... Eu me perdi... (Chris) – Mas eu te achei... (Pooh)! Não foi à toa que alguns emocionados adultos puxaram efusivas palmas ao final daquela sessão memorável: a beleza simples de coisas e pessoas que amamos e as reflexões internas sobre o quanto mudamos e "secamos" ao longo da vida tocaram a todos os presentes, numa gostosa e sensível linguagem universal acessível a todas as idades!

Com destaque ainda para a bela fotografia esmaecida, num tom saudosista envelhecido, a retratar a cinzenta e adulta Londres dos anos 30, e para os realistas e encantadores efeitos digitais que deram vida a Tigrão, Leitão e companhia (fortes candidatos ao Oscar, a emular os bichinhos originais do início do século passado, época em que pertenciam ao verdadeiro menino Christopher Robin, filho do autor das historinhas originais do Pooh, A. A. Milne – por sua vez, também um pai ausente...) -, o belo filme cria uma inteligente e metafórica ponte não só entre o passado e o presente do protagonista como também abraça filhos e pais da plateia num grande amor que resiste a qualquer época... E que, de alguma forma, sempre esteve ao alcance de quem ama ou sonha com animados personagens dos tempos de criança, por nós esperando por todo esse tempo (e antes mesmo de tudo acontecer)!

E pensar que sou do tempo em que ainda chamavam o bonachão e filósofo ursinho louco por mel dos desenhos animados da Disney (há muito, dona dos direitos autorais das obras de Milne) de "Ursinho Puff"... Definitivamente, estou velho! Mas nada que não se resolva com uma boa viagem no tempo – lá onde sempre se encontra um presente escondido à nossa espera...
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Titãs e Pooh: dois filmes nos cinemas com a Filha em menos de duas semanas
– compensando a falta de títulos infantis em julho!

domingo, 12 de agosto de 2018

Oito Dias dos Pais


Diários do Papai, 12 de agosto de 2018.
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Três vezes oito - três boas imagens para definir os 8 anos deste bloguinho:
o infinito, a "sinuca de bico" com a enigmática "bola 8" e três em dobro formando o número da vez!

Oito anos de Dia dos Pais para este humilde escriba das mal-traçadas linhas virtuais destes Diários do Papai... A propósito, já se vão 8 anos também deste espaço virtual, surgido naquela distante antevéspera do meu primeiro Dia dos Pais, em 2010, pouco mais de dois meses após o nascimento da SuperFilha!

De lá pra cá, inúmeras responsabilidades - incluindo aí a vinda dos SuperGêmeos, quase 4 anos depois... A difícil descoberta e o contínuo aprendizado com o autismo do SuperFilho... O gênio indomável e quase hiper-ativo da SuperFilhotinha... O duro encarar de novas realidades na vida pessoal e profissional...

Porque ser pai é algo repleto de transformações... E, adaptando-se o bom dizer de Simone de Beauvoir, por mais que se tenha a "alma" desde sempre, não se nasce pai; "torna-se pai"! E tanto faz se um aprendiz de super-herói com o convívio com três meninos superpoderosos ou se um cachorro cuidando de uma gatinha...

Como no clássico Kiss me, cat, dos impagáveis Looney Toones dos anos 40, num perfeito resumo do que é ser um progenitor/criador/educador: briga-se, perde-se a paciência e se levanta a voz; mas o amor incondicional sempre se curva diante da dura ternura (sei bem como são essas doídas subidas em cima do corpanzil do Papai aqui...) de um filho... 

sábado, 30 de junho de 2018

Sempre rir...


Diários do Papai, 29 de junho de 2018
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A piada indigesta da Copa 2014: fantasma da copa passada...
Sim, sim... Copa do Mundo até que é um período que traz boas lembranças: 1994, fim de ensino médio e Brasil campeão com Romário e uma Seleção de jogos sofridos, porém memoráveis; 2002, acordando cedo para ver o Penta com Ronaldinho, Rivaldo e Cafu em grandes fases... Mas aqueles eram tempos de juventude, nem planejava quantos filhos teria, e, infelizmente, de lá pra cá no Futebol foi só ladeira abaixo: além dos intermináveis escândalos da cartolagem, jogadores com salto cada vez mais alto e futebol cada vez mais rasteiro (que o diga o pífio vasquinho...), faz tempo que nem eu nem ninguém mais se anima muito na SuperFamília por causa desse momento "patriótico-carnavalesco-feriado nacional"! No entanto, apesar de não estendermos uma bandeira gigante na sacada ou transformarmos o Familiomóvel num "veículo diplomático oficial" (com uma bandeirinha de cada lado), foi a Mamãe que, com uma tirada impagável, acabou por nos devolver alguma animação pra ver o atual Mundial, na Rússia: - Olha, esta será a primeira Copa em que não teremos um bebê de poucos dias a gritar no ouvido mais alto que a torcida brasileira na hora do gol... Precisamente: a SuperFilha, em 2010, com menos de 1 mês, e os SuperGêmeos, em 2014, com pouco mais de 1 mês de nascidos, nos respectivos inícios das copas em junho, não deixavam a gente ver um drible sequer - embora aquele 7 X 1 todo mundo tenha visto...

Pois é, por aqui é assim: como correrias e angústias nunca faltam, se faltar um mínimo de espirituosidade... tudo trava e passa a pesar demais! Ainda preocupados com o quadro do SuperFilho, que tal rir com alguma ecolalia fora de hora? E a mais recente "Acontece na UFMA!", que ele repete em alto e bom som, a lembrar a abertura do jornal da Rádio Universidade de logo cedo, na hora em que seguimos para a escola, é tiro e queda para uma bela gargalhada geral! O tédio tomou conta da noite deste feriado de São Pedro? O Papai aqui imita o Bob Esponja, o Patrick e o Lula Molusco, e os SuperFilhotinhos abrem aquele sorrisão lindo na hora de escovar os dentes com suas escovas temáticas do abilolado personagem infantil! Veio uma inusitada tarefinha da escola e a Filha está agoniada em ter que criar duas adivinhações? Corro para acudi-la, a botar em ação toda a criatividade para ajudá-la e acabo saindo com as seguintes "pérolas" do moderno "o que é, o que é": "- O que o ganso maranhense disse para o outro? - Marrapato!" (explicando para os "de fora": existe um regionalismo por estas paragens, "marrapá", que é uma corruptela de "Mas rapaz - que coisa!", diante de algum estranhamento); - Por que a Florzinha estava zangada com a Lindinha no dia do seu aniversário? - Porque estava faltando docinho..." (essa homenagem às Meninas Superpoderosas nem precisa de explicação, ré, ré)!

Mas nada supera a graça natural da inocência de uma criança... A mais velha, noutro dia, na hora do lanche, mandou sem querer: - Mãe, como você consegue fazer pipoca com gosto de pipoca? A Vovó não consegue... Mas não conta pra ela! - ai, ai, ai... Mas foi mesmo a SuperFilhotinha, no auge das suas descobertas de 4 anos, misturado ao seu notório caráter de "chata pra comer" (igual ao famoso programa da GNT, ciscando qualquer farelinho não-identificável para fora do prato), a responsável pela melhor piada (involuntária) da casa: no último final de semana, mais precisamente no domingo, ocasião em que normalmente exibo meus limitados dotes culinários em comidinhas especiais desde o café da manhã, inventei de fazer, depois de uma rica omelete e de um belo yakissoba (que, modéstia às favas, agradou até a falante Dona Luizinha, nossa exigente passadeira), um cachorro-quente, de carne moída e molho natural de tomate com manjericão para o lanche da noite.

A mais velha adora esse acepipe, mas não me lembrava se já havia dado aquele sanduíche para os "mini-chefs" da casa... O curioso é que o nada gourmet Filho aceitou, de bom grado, ver a preparação do pão, com generosas colheradas de molho à bolonhesa caseiro e batata-palha (sem sal, por favor), e chegou a se lambuzar com um pequeno exemplar que lhe fiz - pequeno mesmo, que anda numa falta de apetite muito da sem graça! Já a Filhinha... nada de se aproximar! E assim, quando todos a chaleiravam para que experimentasse, alguém soltou: - Vem, Dó... Vem provar o cachorro-quente! -, no que nos daríamos conta de que, até então, o famoso lanche ainda não lhe havia sido devidamente apresentado, dada a surpresa desesperada da pequena que, aos gritos e já quase aos prantos, replicou: - Não 'queo', não 'queo'!!! Não vou comê 'cachôo' nenhum!!! Nem cachorro, nem gatinho... Não 'queo', não!!!
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"Panos quentes"... 'Tadinho do "cachôo"!
E ontem começaram as férias... Que seja tudo "muito divetido" por aqui, com esse SuperTrio! E como os Diários do Papai aproveitam a ocasião para entrar em recesso, até uma volta, num tempo qualquer, após um período de "férias" por aqui pelo universo virtual também...

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Unicórnio Endiabrado:
A Festa!


Diários do Papai, 13 de junho de 2018
"O melhor presente", segundo a própria super-aniversariante, foi o meu!
Apesar de eu não ter ganho a primeira fatia do bolo...
Você não é amigo da escola, Pai... Mas é meu melhor amigo!
A verba andava curta desde o fim das aulas na faculdade e o início da dedicação integral ao Mestrado... Mas estava sacramentado: o aniversário de 8 anos da SuperFilha seria, pela primeira vez, num buffet infantil cheio de brinquedos e brincadeiras! Ótimo: a própria recreação como a festa em si, mais os mini-hambúrgueres, cachorros-quentes, pipocas e algodões-doces com os amiguinhos, podendo se reduzir a tons mais intimistas questões como decoração, balões e docinhos! Afinal, tudo estava prometido quase um ano antes - efeito imediatista das crianças de hoje: "Foi bom... quando será novamente?!" -, desde a festinha das Meninas Superpoderosas de 7 anos, no salão de festas daqui do condomínio, no ano passado. Até o tema estava certo: DC Superhero Girls (em bom Português, "Super-Heroínas da DC": com várias personagens heroicas, a SuperFilhotinha poderia escolher a que sobrasse da aniversariante! Mas o modismo presente nas festinhas dos últimos meses ditou a mudança e o Unicórnio passou a ser o escolhido. Mas... Que unicórnio era esse?

Resultado de imagem para meme unicórnio gayDepois de algum tempo e muita pesquisa, a Mamãe e eu descobrimos que, pela primeira vez, o favorito do momento entre as meninas não era nenhum personagem de desenhos animados, longa-metragens cheios de CGI ou mesmo dos Quadrinhos: o Unicórnio era simplesmente... um tema! Pois é: alguém teve a ideia de ressuscitar o velho cavalo mitológico com um chifre na testa e, acrescentando elementos fofinhos, viralizou a ideia entre meios publicitários e mídias da internet por meio de um sem-número de ilustrações e estampas, e se estendeu para a moda infanto-juvenil de roupas, penteados, unhas, souvenirs e festinhas até de quem já havia passado dos 30! E, apesar de originalmente animal branco, trataram de lhe dar crinas rosa, roxo e azul, juntamente a muitas flores - o suficiente para quem enxerga chifre em cabeça de cavalo (literalmente, no caso!) tratar de taxar a moda como uma ode à homossexualidade, cuja principal "missão" seria empurrar a "ideologia gay" e suas bandeiras multicoloridas de arco-íris goela abaixo de jovens incautos! Ou, pior: muitos memes, especialmente nos grupos de famílias, decretavam que a real "doutrinação" por trás de tudo era coisa do Tinhoso - e o inocente cavalinho mitológico era o próprio chifrudo capiroto, o que explicaria o fenômeno tão rápido... Jesus!

Nem preciso dizer o quão assustada ficou a Vovó-Dinha assim que descobriu a vontade da neta-afilhada: correu para dissuadi-la! Negociações frustradas e absurdas superstições à parte, eis que venceu o bichinho da moda - faltava ver onde se daria o dia especial! E, enquanto eu coletava as moedinhas e fazia vaquinha mesmo junto à inconformada Vovó, nada de achar o buffet ideal: aquele que estaria disponível para a data (dois não estavam...), teria preços convidativos (havia uma média geral de preços, com poucas variações) e seria realmente bom e atrativo para a gurizada (visitei dois que prefiro nem comentar!). Finalmente, numa volta pra casa, deparamo-nos com um local encantador, há não muito inaugurado, na mesma Avenida da nossa SuperTorre (a uns 5 quarteirões de distância) e bem recomendado pelos meios virtuais, com belas fotos, preços promocionais para festinhas durante a semana (última quinta de maio, dia 31) e que em nada deixava a desejar diante de vários outros de renome local: a HappyDay, depois de uma breve visita, revelou-se o lugar ideal!

Porém, a poucos dias da festa, ainda restavam dois probleminhas... O primeiro, a decoração: por mais básica que fosse, precisaríamos de uma mesa média para o bolo e alguns elementos, e um painel simples, com algum adorno, como algumas flores de papel, artesanato decorativo muito em voga na atualidade (sim, eu pesquisei)... Só que, com tantos profissionais cobrando praticamente o valor já pago pelas 3 horas de festa, resolvi encarar o estilo "deixa comigo, que eu decoro"... Mas não sem gerar preocupação na família! E o segundo, o contrato do empreendimento, que, com poucas discriminações úteis (quanto ao rol de brinquedos e atrações presentes, números de crianças do pacote, atendimento etc.) e algumas cláusulas do costumeiro "não temos nada a ver com isso" do abusivo mundo empresarial, incomodou, num primeiro momento, este calejado ex-advogado e professor do Direito do Consumidor...

- Fui eu que fiz...
Mas nada que a SuperConcita não pudesse resolver: já no primeiro contato pessoalmente, a simpática e discreta proprietária do estabelecimento sem querer deixou revelar que era superpoderosa por trás de seus fundos óculos de identidade secreta, ao se multiplicar e mostrar-se presente em cada detalhe de uma festinha que estava prestes a acontecer; depois, além de compreender o estilo self-made da minha proposta, com a cessão de uma "chorada" mesa somente para o bolo, flores e lembrancinhas previstas (abaixo o excesso de docinhos!), a super-heroína das festas infantis veio dar plantão à tarde, horas antes de minha filha começar a receber seus amiguinhos, para ajudar este exigente cliente (e solitário dublê de decorador) com a organização dos apetrechos - cujo resultado, graças a Deus, ficou acima do esperado - sem poder esquecer a ajuda de outros amigos, como a Tia Rosanona, que, apesar de nem ter podido ir com o pequeno Hector, gentilmente embalou vários chocolates e balas em belas embalagens como lembrancinhas!

Por fim, apesar de apanhada de surpresa por um mutante supervírus, SuperConcita ainda reuniu forças para comandar, à noite, sua poderosa equipe de recreadores, para que tudo saísse como saiu: à perfeição! E, capitaneada por PowerHortência, a Animadora-Mor e coreógrafa mais jovem, o mais animado e gostoso dos buffets da Cidade fez a alegria da criançada presente com recreações (Quiz), atividades (Lego, piquenique e coloração de desenhos) e muitas coreografias, surpreendendo a todos com o conhecimento da dancinha do BabyShark - sim, aquele de postagens anteriores recentes, que, depois de tanto encher aqui em casa, acabou emocionando a todos em cada uma das suas execuções cheias de alegria (até o SuperFilho entrou na dança!) e se tornou uma espécie de "segundo personagem-tema" da noite mágica! Tudo bem, alguns primos e amiguinhos faltaram; alguns presentes repetidos (ou sem muita consideração...) teriam que ser trocados; não me saí lá muito bem como DJ ou mesmo com o score de músicas e canções para tocar na festa, num pendrive meio "adulto" que levei (mas escolhido pela minha garotinha)... Mas nada ofuscou o "melhor aniversário de todos", de acordo com a própria Filha - e olha que, além da animadíssima festinha do ano passado, do começo desta crônica, ela sempre rememorava a linda e completa festa de Frozen, aos 5 aninhos...

Fiquei sabendo que, até hoje, esse dia feliz é motivo de comentários e recordações entre ela e as coleguinhas na sala de aula - o mesmo se diga no Condomínio e aqui em casa! Realmente, não havia o que temer: abençoado seja este bendito e sortudo unicórnio!
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De presente: bolsas, roupas e brinquedos legais - como alguns jogos clássicos de tabuleiro - e outros, nem tanto...
Que bom que deu pra trocar alguns repetidos por outros que ela realmente queria muito,
como a careira linha da L.O.L., agora com os Pets.

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Um Super-Aniversário!


Diários do Papai, 31 de maio de 2018

Super-heróis no lombo: foi nos quadradinhos de cima de cada uma dessas lombadas, de uma coleção que nem era dela, mas do Papai, que nasceu o gosto pelos super-heróis da SuperFilha...

E foi com os pequenos "retratos" da parte de cima das lombadas de cada um dos encadernados da coleção Marvel Graphic Novels (foto acima), uma das minhas muitas coleções de Quadrinhos amontoadas pelo escritório-gabinete de casa, que a SuperFilha, ali pelos seus 4 anos, começou a conhecer e aprender os principais nomes dos super-heróis mais conhecidos atualmente do Cinema: Capitão América, Homem de Ferro, Hulk... Ah, claro: eu sempre atentava para as edições com super-heroínas e buscava alguma daquele mosaico com a carinha de uma Mulher-Aranha, Mulher-Hulk, Miss Marvel ou Feiticeira Escarlate - afinal, ainda que em bem menor número em relação aos heróis masculinos, a Marvel sempre teve bastante girlpower, coisa importante de reforçar num universo feminino em formação! Com o tempo, viriam as Meninas SuperpoderosasShe-RaLadybugP.J.MasksJovens Titãs em AçãoSuper-Heroínas DC e a própria identificação pessoal com o universo poderoso - ela mesma, uma super-heroína! Daí em diante, seria só uma questão de tempo até que os SuperGêmeos a seguissem na paixão do Papai aqui pelos poderosos seres de roupa colada e multicolorida e seguissem a irmã nos mesmos personagens, ao longo de incansáveis "maratonas" de várias exibições encadeadas na televisão...
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Claro que sempre expliquei que todos aqueles poderes são fantasia e que ninguém aqui tentasse amarrar uma toalha no pescoço com o escopo de sair voando, que o máximo que se conseguiria seriam alguns ossos quebrados no choque com a realidade de um chão duro - ou coisa bem pior, se a tentativa se desse a partir do décimo segundo andar de nossa SuperTorre! Porém, mesmo estabelecidos os limites, a fantasia sempre dominou a cabecinha dos meus pequenos - particularmente da Filha mais velha, que, apesar de não exercer tanto o seu lúdico em diálogos com suas bonequinhas (incluindo aí várias das suas heroínas favoritas), até hoje desenha lindos retratos da Florzinha, da Lindinha e da Docinho (que penduro num quadro especialmente dedicado aos seus trabalhos) e sempre simpatizou com a ideia de ter um dom especial... - Pai, e se você pudesse ter um superpoder, qual seria: voar, ter superforça, supervelocidade, elasticidade de borracha ou ser indestrutível?, costuma repetir, naqueles momentos de falta de assunto de volta da escola pra casa, a minha linda pequena cada vez maior, mais bonita e cabeluda, tal qual uma Medusa, dos Inumanos, também da Marvel.

E minha já tão atribulada em sonhos e futura médica (Pediatra? Veterinária?), cientista, professora, escritora e cantora (para as horas ociosas...), será também uma super-heroína quando crescer - e, o que é melhor, com poderes cientificamente testados! Alguma dúvida? É só checar o esboço da invenção que ela, genialmente, desenvolveu para uma recente prova de Ciências (foto abaixo) do terceiro ano e que revolucionará o mundo como o conhecemos: uma máquina, no melhor estilo "cabine de mistérios" à H. G. Wells, em que se entra reles humano normal e dela se sai um super-herói! Ri alto em meio a lágrimas de enternecimento da coragem inocente de responder, com tamanha inventividade, a um sério teste da escola (ainda bem que a Tia teve bom humor na hora de corrigir!), e da influência velada que os nossos gostos, como pais, acabam por exercer nas vidas dos nossos pequenos... Que bom, também, que a Mamãe não sofre de ciúmes, uma vez que a influência deste escritor amador, professor e pesquisador iniciante que vos fala foi bem maior que a materna Ciência da Computação ao longo desses poderosos 8 anos - coroados que serão, dentro de algumas horas, com uma superfesta de aniversário para 20 amiguinhos num buffet cheio de brinquedos e brincadeiras aqui no bairro! O tema? Claro, depois de um ano inteiro decidindo entre LadybugBarbie SuperPrincesa e Mulher Maravilha, não poderia deixar de ser... Unicórnio! O que é que eu posso fazer, se minha genética é mesmo forte e sempre cultivei reviravoltas, no melhor estilo das HQs, ao decidir algumas coisas de última hora?
E esta postagem especial teve início (ou seria continuidade?) num "universo paralelo" em que um superpai se transforma num ensaísta cultural e dá outra versão para este aniversário tão esperado: www.osmorcegos.blogspot.com.br

domingo, 13 de maio de 2018

- Mãe!


Diários do Papai, 13 de maio de 2018
         

Passamos por várias fases na vida e costumo brincar que, em relação aos filhos, somos verdadeiras montanhas-russas: primeiramente, os pais somos loucos para que sejamos a primeira palavra dos bebês (por aqui, juro, todos falaram "Papai" primeiro!); depois dos 4 anos (momento atual da nossa super-fortaleza - bem parecido com o do cartum acima), queremos que eles esqueçam as palavras "Papai" e "Mamãe"; por fim, dos 15 em diante, imploramos para que eles nos chamem novamente... Mas uma coisa segue incontestável: por mais que cada papai se esforce com seus superpoderes, é a mamãe que segue com mais pulso e acaba sendo a mais requisitada - e, com isso, trabalhando bem mais, especialmente na hora de resolver as confusões!

Não é à toa que as homenagens a elas sejam as mais carinhosas e caprichadas (basta olhar para as lembrancinhas da escola pelos dias dos pais e das mães e fazer as comparações...)! E, embora hoje até se comemorem outros eventos "especiais" por aqui, os Diários do Papai rendem esta singela homenagem a todas aquelas mães de verdade, legítimas amigas do crescimento dos seus rebentos, sendo pelos seus filhos os bastiões de segurança, força e dedicação para que os pequenos de hoje sejam muito melhores e mais felizes que nós amanhã - e, especialmente nesta casa dominada por mulheres, em que, além do SuperFilho e de mim, as empoderadas mesmo são a SuperFilha e a SuperFilhotinha (que, por sua vez, certamente serão grandes mães), o nosso abraço especial para a Mamãe, a Vó-Dinha e a todas as mães que são bem mais do que simplesmente "super": são incríveis! Feliz Dia das Mães! 


quarta-feira, 25 de abril de 2018

Amor, Preocupações
E Dois Aniversários


Diários do Papai, 25 de abril de 2018
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Infelizmente, ele não faz o quatro nos dedinhos da linda mãozinha de homenzinho...
Mas ele é lindo e tem um coração mais doce que todo o "chocouate" do mundo
e, juntos, ainda vamos voar bastante...

Costumo dizer que o dia mais feliz da minha vida foi aquele em que a SuperFilha nasceu... Mas e quanto ao nascimento dos SuperGêmeos?! Sem dúvidas, foi o dia mais tenso... - Ah, coisa mais triste e errada, fazendo distinção entre filhos... Tão longe disso: amo os três incondicional e igualitariamente! Mas não há como comparar a tranquila manhã chuvosa daquela segunda-feira marcada com antecedência para que a primogênita chegasse ao mundo num tranquilo parto, com pompa, circunstância e tempo para toda a preparação (mesmo para os imprevistos, como uma apressada enfermeira que levou a Filha para o primeiro banho sem mim...), com a agonia de acordar vendo a Mamãe sangrando (a SuperFilhotinha já no canal para nascer!), depois de dias de muita dor com o barrigão, naquela sexta-feira nervosa em que tive de correr para deixá-la na Maternidade e a Filha, na escola, ainda de pijamas (com a farda na mochila para que as tias a trocassem) e voltar às pressas para a cesariana que já começava sem mim, proibido de filmar o parto (?), acompanhar o sufoco de retirar a Filhotinha sufocada pelo SuperFilho, até a constatação de que esta linda garotinha magrinha nascera com o lado esquerdo do rosto e da cabeça amassadinho e o meninão graúdo precisaria ficar um pouco no oxigênio...

E a tensão seguiria naquela noite em que vimos o sol raiar sem descanso, com a superduplinha se revezando entre chorar pra mamar, arrotar, fazer cocô e voltar para o bercinho - o dia raiou e o serviço continuou... Depois, sogra em casa como reforço (ou aumento de tensão...), ciúmes da mais velha imperando, trabalho dobrado mesmo com suporte de empregada doméstica e todos em mutirão de plantão integral! Porém, mesmo em meio a todo esse furacão, algo chamava especial atenção: o Filho chorava de uma forma absurdamente nervosa quando enchia de xixi ou cocô a fraldinha e precisava de troca ou ainda quando queria mamar - Puxou ao pai, ao avô, ao tio... Impaciente e todo nervosinho!... Só que todas aquelas piadinhas não me acalmavam o peito, que, de alguma forma, sentia um "distúrbio na Força" em relação àquela agonia desproporcional em qualquer incômodo que aquele lindo bebê sentia... E ele cresceu, foi se "ajustando", mas, aos poucos, o que era simples irritação acabou por revelar-se explosões de gritos e impaciências diante de advertências, broncas ou simples demoras para ser atendido... - Bate nesse menino, senão ele vai te engolir quando crescer!, passou a ecoar, com pequenas variações, esse coro dos mais velhos na mais que superficial análise de se tratar de simples birra! Que raiva... Pai e mãe é que sabem! E, no caso, o Papai aqui conseguia ver mais coisas que, somente agora, a Mamãe consegue perceber...

Num belo dia de angústia com gritos gratuitos e acessos de raiva, a jogar coisas longe no ato de entrar na escola, encontro-me com um contemporâneo dos tempos de escola, que, recentemente, descobriu que suas gêmeas de quase mesma idade são autistas e, depois de bons minutos de conversa sobre tantas dificuldades e gastos exorbitantes com "tratamentos", ele me vem com essa frase que resiste na minha cabeça: - Minha mãe que diz que Deus me abençoou com duas meninas autistas e que, se ele me deu tal missão, é porque sabe que sou capaz de ajudar... Então ainda choro e ainda me angustio quando não consigo resolver qualquer de suas inquietações, mas deixei de me preocupar com o que ele tem ou deixa de ter (isto se resolverá com futuras avaliações de bons médicos, se Deus quiser, para a melhor condução de seu desenvolvimento) e passei a ouvir mais meu coração no que ele realmente precisa - e ouvindo, entre choros e gritos, meu pequeno sempre a gritar Papai... Hei de encontrar nossa ponte de contato e ajudá-lo da melhor forma possível, uma vez que, de algum lugar, ele me chama para ajudá-lo num controle de momento, numa libertação de repetições de ecolalias infinitas ou, simplesmente, na adaptação para um mundo tão corrido e difícil...

E hoje, ao lado da minha princesinha do barulho e da zoeira, ele completa 4 anos de vida com o sorriso mais bonito e iluminado desta face da Terra - e olha que tenho duas meninas lindíssimas, quem conhece nem me acha mais tão exagerado assim! Crise financeira e nada de festa, para a tristeza da quase promoter mais velha... Melhor: vamos para o aconchego de um abraço cheio de carinho e alegria só em família, no máximo uma molecagem nalgum parquinho indoor de shopping center, pra compensar as tantas tensões do dia-a-dia de tanto tempo e estabelecer a melhor rima para o momento com base no sabor da melhor Poesia: ambos com saúde, vivos e vívidos, com os olhos a brilhar em minha direção - tantas, tantas as perguntas, meu Deus... Tenho que seguir, firme e forte, como o "gigante" que ele tanto repete de seu tamaninho de garotinho começando a viver com pequeno atraso... Tenho que ter "pinto" e coragem pra fazer muito mais do que já faço, porque disso depende meu Batminho, meu Mickey, meu Menino-Gato Patatá que ainda terá muita, muita história pra contar! Felizes aniversários, meu casalzinho genial da melhor tensão que há: a de fazer meus dias chacoalhados pelo amor!

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Vai-e-vem de emoções que chega a sufocar... Ainda mais que, sendo gêmeos, a possibilidade de a Filhotinha também apresentar alguma limitação posteriormente é grande... Mas que amais inocente Poesia vença e nos acolha na melhor proposta de "que tudo vai dar certo"!

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Virais e Viroses


Diários do Papai, 05 de abril de 2018


A Páscoa passou e você não ganhou nenhum ovo ou não deu certo aquela receita de chocolate caseiro que queria muito aprontar para o seu amor? Então ria com essa bobagem irritante...

Primeiro foi aquela maldição de interminavelmente toscas e assustadoras animações misturando a turma do Mickey com monstros e zumbis que pululava na smartv... E, como havia algumas imagens inapropriadas de figuras de horror e com sons de gritos, e o SuperFilho ainda não tendo evoluído o suficiente para abandonar a ecolalia, aquela mania de ficar repetindo frases e efeitos sonoros, a coisa toda virou um problema sério quando ele levava gritos e efeitos para a escola... Mas, depois de muito esforço, baniram-se estes sites piratas da programação deles e, ainda que de vez em quando surja um pedido de "Mickey e 'Donaranha' Zumbi", ninguém viu mais a macabra atração por aqui!

Só que de repente - "não mais que de repente" -, eis que surge a SuperFilha buscando "comédia" a esmo pelo YouTube (e com o SuperPai aqui lutando para bloquear links inapropriados de "videocacetadas" ou alguma coisa mais chula) e descobrindo uma tal "Laranja Irritante" (The Annoying Orange no original: veja acima o vídeo inicial da série - que gerou posteriormente até um quadro fixo no canal pago "infantil" Cartoon Network) e uma nova febre se instala na casa, com os SuperGêmeos adorando rir junto à irmã mais velha com os sketches amalucados de frutas e legumes reais com bocas e olhos humanos sobrepostos, em que uma laranja fica provocando os amigos da cozinha com piadinhas infames até que o interlocutor, exaurido com a chatice, acaba morto por mãos que aparecem na cena para cortá-lo pra comer ou dele fazer suco - sempre com a laranja anunciando a morte iminente com o já famoso bordão "Faca!"...

A princípio, a ideia amalucada é até engraçada... Mas a repetição dos quadros, em que só mudam as frutas, bem como os gritos de agonia e um "sangue" postiço que aparece na edição no momento em que os vegetais são cortados, acabam tornando os vídeos algo bem incômodo e inapropriado para a gurizada (ainda mais os abaixo de 5 anos)! E, com a ecolalia, o Filho passou a reprisar, do nada, os diálogos e os gritos após as "facadas mortais" de cada quadro (novamente no colégio)... Resultado: novo banimento e bloqueio e nada mais de laranjas sádicas! A não ser que a escavadeira SuperFilhotinha consiga encontrar na internet quando tem acesso ao celular da Mamãe...

Mas nem tudo está perdido: a Filha (sempre a mais velha...), após uma puxada manhã de aulas, por esses dias chega em casa com uma novidade aparentemente instrutiva, uma vez que "ensinada" na escola numa aula de Inglês... E eis que surge na tela da sala uma atração musical em forma de animação colorida e fofinha: em BabyShark (vídeo abaixo), espécie de "variação disco" da famosa música infantil Finger Family (aquela do "Papai Dedo", que já infestava as animações toscas de "terror infantil" daquele Mickey pirateado), somos apresentados, do bebê ao vovô, a uma bonitinha Família Tubarão, com direito a peixinhos fugindo e se safando dos "fofos predadores"... Bonitinha e inofensiva, graças a Deus! Mas chatinha e repetitiva, como todas as outras...

E não para por aí e logo se descobre que o vídeo faz parte de um gigantesco número de variações da mesma canção de doo doo doo doo doo doo e fica mesmo difícil saber qual desencadeou inicialmente todo o processo viralizante... Só eu contei umas 20 diferentes derivações somente no canal da animação em questão, Pink Fong - em que, além das versões halloween, techno, dinossauro etc., há uma segunda forma tão popular quanto a descoberta pela minha primogênita: BabyShark Danceem que um casal de garotinhos orientais acompanha o vídeo original com uma coreografia, parece ser uma febre mundial e o SuperTrio já repete diariamente cada passinho por aqui! E esta nursery rhyme (canção ou poema tradicional para crianças pequenas) conta ainda com uma infindável gama de versões presentes em quase todos os canais infantis dos EUA... Com o sucesso, já "inventaram" até uma nova versão quase idêntica, só que agora para uma família de macacos: Monkey Bananas!

Tudo isso só prova que esses virais sabem mesmo explorar as manias de repetições das crianças em formação, provendo doses cavalares de empobrecimento cultural para os pequenos dependentes da internet... Claro que existe salvação - e bons sites gringos acabam sendo educativos duplamente: ensinando números e cores por meio de canções legais e, de quebra, ainda ajudando no Inglês da gurizada (como o interessante SuperSimple Songs, que, apesar de também conter uma versão da febre BabyShark, é uma ótima opção de entretenimento infantil - veja um vídeo ao lado), mas o que domina o mundo virtual, tanto lá fora como aqui, ainda é o exagero número de jargões de má qualidade! Em horas de agonia ou como, infelizmente, neste atual momento de incômodas viroses que atormentam meus filhotinhos - a filha, vomitando do nada o dia inteiro; a filhotinha, febril e congestionada há dois dias; e o garoto, sem apetite há uma semana até para os amados biscoitinhos maria... -, o jeito é apelar para tais atrações exaustivamente repetitivas... Desde que cortando rapidamente para o próximo vídeo viral!


BabyChato!

quinta-feira, 8 de março de 2018

Para os meus projetos de mulher...


Diários do Papai, 08 de março de 2018
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Por um dia de luta qualquer 

Menina,
Hoje é teu dia
Ou você inda não quer?

Filha,
Jura que era alegria
E deram até parabéns?

Pequena,
Tu deixa de tolice
E procura acordar...

Princesa...
Já passou da criancice
Cresce e deixa crescer!

Que é hora
De cortar bem feito
Pra fazer por merecer!

Agora
Que a pressão baixou
E o dia parece nublado

Moça,
Já dá pra gritar
Virar a mesa, pisar em cima, seguir

E simplesmente ser...

Independente
Reúne tua dor mais consciente

E sê mulher!

(Dilberto L. Rosa, março de 2018)

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Mascarados da Fuzarca


Diários do Papai, 15 de Fevereiro de 2018
- Mas que anjinhos comportados...! 
Alguns segundos depois...
E o carnaval chegou ao fim... Animado, como sempre, uma vez que aqui é carnaval o ano inteiro: o SuperFilho puxa o samba aos gritos todo santo dia; a SuperFilhotinha pula e dança o tempo todo como a melhor das passistas; e a SuperFilha é a grande Mestre de Bateria - e chefe de ala, compositora do samba-enredo, carnavalesca, destaque de carro alegórico... Resta à Mamãe e ao Papai aqui os inglórios cargos de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, aqueles dois que não apitam nada no resto do desfile... E, às vezes, de jurados, a eleger, diariamente, os "Notas 10" em ritmo e folia!


No Batmóvel!
Mas que nada, não há nenhum folião de verdade por aqui: afora a Filha, que ainda pede pra ir a algum bailinho, mais pelo lúdico de vestir uma fantasia nova (neste ano foi Mulher Maravilha, num vestido único com tiara, que intercalou com a antiga da Menina Superpoderosa Florzinha, do aniversário passado), os SuperGêmeos, que já são naturalmente "da folia", igualmente não ligam muito para os confetes e serpentinas e também curtem mais o lance do "bistir"! E assim, com um "pijama com capa" (?!) do Super-Homem que comprei pra ele, e o reaproveitamento de uma roupa de apresentação do balé da irmã mais velha pra ela, como Bailarina, ambos variaram os figurinos momescos, em casa e na rua, entre novas e combinações com as de velhos carnavais: ele, de Batman (à esquerda, com direito à máscara que ele mesmo pediu quando de uma ida nossa a uma loja), e ela, de Fada, Mulher Maravilha e outras peças dela ou da irmã (às vezes, com a máscara da Corujita, dos PJ Masks, como na foto acima)!

E assim, na calmaria do feriadão, oscilamos entre um (fim de) bailinho num shopping center, um parque, uma praia, o bom e velho playground com pula-pula do supercondomínio, as casas das avós, leituras (do livro A Reforma da Natureza, de Monteiro Lobato) e um cinema - nestes dois últimos casos, somente eu e a Filha, e pra ver umas das últimas sessões do bom Viva - A vida é uma festa, novo trabalho da Pixar concorrente a vários Oscars desse ano -, fomos conduzindo nossa "festa", aprendendo a lidar com novos brinquedos educativos para um melhor desenvolvimento do ainda explosivo caçula nalguns dias chuvosos, vez que "sempre chove nos carnavais" e nem sempre a NetFlix ou o YouTube conseguem a façanha de prender a atenção desses "pierrôs" e "colombinas" fanfarrões... 

E assim acabou o primeiro grande feriado do ano: se a minha primogênita vivia a reclamar com saudade das férias idas, nada melhor do que este momento de pausa para dormir mais tarde e ficar de bobeira, entre passeios, muitos joguinhos e TV dentro de casa! Afinal, esta é uma família de super-heróis e eles, mais do que ninguém, merecem um bom descanso... Ainda que seja numa pausa em meio a uma grande folia! Uma pena a Filhotinha ter apresentado febre já no finalzinho, junto com seu "maninho"... Mas segue o baile, que amanhã o ritmo frenético de acordar cedo (o que, infelizmente, não muda muito com os gêmeos durante qualquer dia do ano...), de arrumar a todos na velha farda sem fantasia e de tocar para a escola e o trabalho de volta com toda a agitação! E, se por aqui na SuperCidade temos blocos famosos de percussão tradicional, com mais de 80 anos de estrada, nada mais justo que o nome com que batizei o meu: "Os Mascarados da Fuzarca"! Mesmo depois da quarta-feira de cinzas...

sábado, 20 de janeiro de 2018

Aviões, Trens e Automóveis...


Diários do Papai, 20 de janeiro de 2018

Quem tem boa memória cinéfila e curtiu bastante as grandes comédias dos anos 80, deve se lembrar que o título desta postagem faz referência ao nome original do filme que, por aqui, foi rebatizado como Antes só do que mal acompanhado (Planes, Trains and Automobiles1987, John Hughes), com o falecido John Candy fazendo um desesperado e divertido par com o grande Steve Martin em inúmeras pequenas viagens na marra pelos meios de locomoção citados a fim de chegar a tempo de passar o feriado de Ação de Graças com a família. Mas e o que isto tem a ver com estes nascidos no século 21 Diários do Papai? Bem, com o filme, nada... Mas as peripécias para passar um tempo diferente com a família, que não viajava desde que os SuperGêmeos haviam nascido, acabaram sendo tão exaustivas quanto no filme e pelos mesmos meios de locomoção (acrescidos de mais alguns...), porém nada engraçadas como na já clássica Comédia...

Tudo começou no ano passado, em idos do final das férias de julho: para a Mamãe, bastava de espera! O SuperFilho e a SuperFilhotinha, mesmo com as impaciências e infantilizações acerbadas de ambos comuns aos filhos gemelares (infelizmente, no caso do Filho, tais atrasos são bem mais acentuados...), ainda no auge dos seus 3 anos e meio, já estavam mais do que na hora de experimentarem sua primeira viagem juntos! E com a SuperFilha há tempos ansiando por viajar novamente (sua última empreitada havia sido aos 3, para a vizinha Fortaleza), nada mais justo que se escolhesse logo um bom destino para a criançada relaxar longe da cidade-natal nas próximas férias. Então, que tal o Natal-Luz de Gramado? "Perfeito", pensaria o leitor mais incauto... Ledo engano!

Primeiro, porque a cidade é muito careira - e não falo do custo de vida normal de cidades que vivem do Turismo; falo de exploração comercial mesmo, das cabeludas e sujas, que não respeitam direitos básicos do consumidor - como o fato de idosos e crianças, na maioria dos lugares, pagarem somente um preço reduzido nos ingressos caríssimos ao invés de pagarem a meia-entrada garantida por lei (e, detalhe, que não dão direito a tudo, tendo-se que pagar novamente por várias atrações dentro do parque já pago - e sem informação prévia a respeito), só para citar um exemplo! Segundo, porque aquela cidade gaúcha não foi feita para crianças pequenas - sim, há muitos belos parques, naturais e com brinquedos, mas tudo soa mais como um cansativo cartão postal maquiado para agradar casais em lua-de-mel do que realmente ser divertido para a petizada! E, terceiro, fica no extremo sul do País - e viajar para lá, em 5 horas de voo, se chega a ser enlouquecedor para um adulto como o Papai aqui, que jamais gostou muito de aviões, o que dizer de dois lindos garotinhos irrequietos?

Vencidos os aviões (baldeamento em Brasília, onde quase perdi o meu garotinho num de seus momentos de fúria estressada...), restavam o carro (Uber para o hotel de pernoite em Porto Alegre e vários outros nos próximos dias), o ônibus (de POA para Gramado, no dia seguinte: mais duas horas!), o teleférico (esse foi rapidinho... tão rapidinho que caracterizou a primeira "roubada" em que nos metemos, num passeio caro para nada nem lugar nenhum, na vizinha Canela), o trem (na segunda grande roubada da viagem: o famoso e mais do que cansativo "passeio" na Maria-Fumaça da vizinha Bento Gonçalves) e carro de volta para o hotel (antigo, desconfortável e metido a besta, como quase todas as construções de imitação do estilo alemão que compõem obrigatoriamente o cenário local - foto abaixo)... "Pai, eu não aguento mais viajar! Nem de avião, nem de carro, nem de trem, nem de ônibus... Eu quero ir pra casa!", disse, a certa altura, uma indignada SuperFilha, a quem havia sido prometida uma inesquecível viagem (no singular...) e cujas melhores lembranças se limitaram às mesmas minhas: Mini-Mundo, um belo parque repleto de miniaturas e réplicas de cidades famosas, e a Terra Mágica Florybal, cujo grande monstro de pedra como mascote vivia a aterrorizar os meus menores na esdrúxula e brega decoração do hotel Sky em que nos hospedamos...

Sem esquecer as caminhadas feitas em família com o Filho nos ombros (quem mais sentiu as mudanças e o cansaço) e as longas distâncias para se obter um simples pão ou conveniências básicas de uma padaria ou um mercadinho (coisas praticamente inexistentes na cidade!)... Em resumo: o que era para ser relaxante resultou numa quase massacrante rotina de 5 dias (com mais dois, no início e no final da viagem, em Porto Alegre), que, mesmo com todos os problemas, parece que ainda foi guardada com algum carinho nas retinas da Vovó-Dinha, que nos acompanhou nessa jornada épica, e mesmo nas da Filha, que, por fim, disse que gostou da cidade... Então, parece que valeu a pena apesar de tudo! Mas fica o alerta: antes de viajar para qualquer lugar, especialmente se com crianças menores de 5 anos, estude bem mais do que simplesmente os principais pontos turísticos da cidade - veja se o número de viagens e deslocamentos nela compensa, porque até pequenos, porém muitos trajetos via Uber podem se tornar estressantes, especialmente se com motoristas arrogantes e grosseiros como os da região (o tratamento, de um modo geral, não é dos mais calorosos para turistas, por incrível que pareça!)! E não se esqueça dos fones de ouvido: tanto para a criançada usar com os celulares e tablets para aguentar a pressão das horas de voo sem perturbar os adultos, como também para adultos neurastênicos com barulho como eu, no azar de me sentar bem em cima das ruidosas asas do avião!
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Muita fachada pra pouca cidade...
 

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