terça-feira, 6 de novembro de 2018

B-I-C-I-C-L-E-T-A


Diários do Papai, 6 de novembro de 2018
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E a SuperFilha, na noite desta terça-feira, aprendeu a andar de bicicleta! Especialmente "incentivada" pelo fato de os SuperGêmeos terem ganhado, recentemente, suas primeiras bicicletas com rodinhas e também por  uma forte "concorrência" com os mais jovens do supercondomínio - Pai, não quero mais essas rodinhas, isso é coisa de criança pequena: 'tou cansada de um monte de menininhos virem me provocar porque já andam sem elas... -, desde julho que era para eu ter procurado um bicicleteiro aqui perto para tirar esse suporte e fazer os devidos ajustes na catraca (seu modelo era, originariamente, de marchas), mas só ontem fui atrás... Ainda em tempo: com atraso, mas a idade continua 8 anos!

Pai, será que eu vou cair muitas vezes até aprender...?!, perguntava ainda uma muito assustada Filha, no agora inseguro equilibrar com as pontas dos pés diretamente no chão, pelo corredor do nosso andar em direção ao elevador. No que, infelizmente, a Mamãe não soube ajudar muito - Ah, cai, sim, meu amor; faz parte... Eu mesma caí muitas vezes até aprender... E nem sei como faremos, porque não vou poder correr segurando você e ainda acompanhar os gêmeos; você sabe, seu pai nunca desce...

No entanto, de alguma forma, senti que aquele dia seria especial e abri uma exceção na minha sempre comodista agenda de organizar minhas coisas no escritório justamente na hora descer com a gurizada e encarar os vários boas-tardes, com os vários condôminos com seus vários cachorros... Na verdade, a exceção meio que foi aberta à fórceps, uma vez que a Mãe me ligou em desespero para acudi-la com os três, um pra cada lado! E foi o que fiz: no início, eu me dividia entre dar atenção ao SuperFilho, já nervoso e impacientado com sua bike, e correr segurando o selim da mais velha enquanto ela pegava os primeiros impulsos...

Foi assim que eu aprendi, minha filha... E olha que comigo foi bem tarde, eu já com 12 anos, quando retomei, na casa de um primo no Interior, as poucas noções que tive de equilíbrio quando minha mãe, sua Vovó-Dinha, comprou uma bicicleta grande para o seu tio e eu "aproveitava", aos 7 anos!... Ela, portanto, no alto dos seus oito aninhos, estava no lucro! E foi bem mais rápida e eficiente que eu, uma vez que, nem bem pisquei os olhos, a mãe já lhe dava as últimas orientações e lá seguia minha garotinha sozinha, até o final da quadra... O que minha SuperFilhotinha, por sua vez, não via com bons olhos, enciumada de ambos os pais estarem dando mais atenção à irmã, e saía gritando a cada palma que batíamos por qualquer sucesso desembestado de equilíbrio: - Mãããe, eu ganhei, eu cheguei primeeeeiro... Palmas 'pa' mim!...

E assim, a poucas horas de subir de volta para o alto da SuperTorre, de repente senti uma estranha alegria de leveza: a ideia da bicicleta dá um conforto de independência, ainda mais quando o quadro se completa sem a opressão das rodinhas! E, mesmo com os meus pequenininhos ainda com esses suportes, era gostoso ver ambos já darem suas primeiras curvas e se levantarem, sozinhos, das primeiras quedas... E a sensação boa ficava mesmo em eu poder estar ali, participando de todo aquele evoluir, onde, numa noite, piscavam-se os olhos e se presenciava tanta coisa junta, tanto voo de bicicleta liberta em direção às nuvens... Nuvens... Opa, mas o que vejo no céu?! Juro que vi, apesar de não ter tido testemunha do ocorrido, uma nuvem ligeira, passando pela lua cheia, em formato de bicicleta...

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