Férias chegaram, o dinheiro acabou e, a não ser que pinte a chance de uma viagem de carro, poucas são as opções de lazer sem grandes repetições do ano inteiro... "Praia? Museus? Shoppings? Praças?" - De novo?! Como salvar o dia (e quase dois meses inteiros) apelando para os tablets, jogos de celulares ou de tabuleiros e desenhos animados de sempre? O que fazer, questiona-se (a SuperFilha e) o meu coração irrequieto e cheio de culpas em relação ao SuperTrio... "- Ei, a Prima Carol chegou: vamos passear com ela e matar as saudades!"... "- Não, 'peraí... Ela não pode ir à praia ou à piscina por causa de precoces tratamentos de beleza nos cabelos... E já sabe de cor os passeios anteriores... E agora?"!
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| Iluminação de Natal especial na Praça Dom Pedro II: Palácio dos Leões (detalhe). |
Até o momento, por entre azares como a batida traseira do carro e uma séria distensão de músculo abdominal ("Muito repouso..." - Mas como?!), dezembro avança lento e quente, por dias de ainda trabalho da Mamãe e algum esforço do Papai aqui em fazer algo diferente - uma massinha? Livro?Atividades motoras-finas para o Filho? Jenga? Jantar especial coletivo? Procuram-se novas opções, para além de muita smartv (aí incluindo karaoke, Youtube e Netflix), 3 shoppings (até agora...) e seus caros parques traiçoeiros (segunda vez em que a Filhotinha se fere num desses só nesse ano!), uma praia e um "cilema" - a animação A Família Addams, que, apesar de certos clichês e alguns senões para os menores (como piadas adultas e com armas ou referências que só os pais vão entender), é um ótimo filme para todos, especialmente pela discussão com os pequenos sobre padrões sociais e o que é ser "normal"...
A propósito, muito ainda há de se fazer em relação ao SuperFilho: tratamento (só na Justiça pelo plano...), fechamento de diagnóstico (sensação de dúvida...) e suporte pedagógico individualizado (que, mesmo com seus "valores cristãos", nâo é oferecido adequadamente pela escola - que ainda é relapsa na segurança e quase permitiu uma tragédia!) são alguns dos inúmeros pontos explicitados por um recente encontro com antiga amiga, que primeiramente me mostrou os duros caminhos percorridos para criar seu (hoje pós-graduado) filho autista: "- Esse mundo é duro e cruel com quem é diferente..." E eu olho para o meu menino lindo e tudo que consigo pensar e sentir enquanto deixo escapar uma lágrima é que ele há de conseguir superar qualquer "limitação" ou "diferença" do restante "normal"... E, antes de qualquer coisa, terá muitos dias divertidos - especialmente nestas férias (o duro é convencê-lo a sair do parquinho)!
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| Uma história criativa faz de um livro uma das caras das novas férias. |
Sim, os tempos mudaram, em menos de um mês caminharemos para a "década de 20 dos anos 2000" (ou seria só em 2021?) e, decididamente, não dá pra comparar gerações crescendo em épocas tão distintas. Mas o simples pode sempre se renovar - eis aí o sucesso absurdo (e sempre revisitado aqui em casa) de BabyShark que não me deixa mentir - e não podemos negar que também mudamos: mais extenuados, corridos e em nossos celulares, muitas vezes deixamos tudo meio que correr solto para "compensar"... Compensemos, pois, a vida com mais tempo ao lado de nossos filhos e a diversão virá! "Na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê"... Ou, em duros tempos modernos, nos games, no carro, no condomínio fechado ou no shopping center mais perto que houver!
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| Mas o que é isso: o Baby Shark ao volante e sua Mamma Shark assustada?! Não é em quaisquer férias que se vê isso... |








