sábado, 29 de junho de 2019

Na Festa Junina...


Diários do Papai, 20 de Junho de 2019

Última semana de junho - consequentemente, última semana de aulas antes das férias de julho, e, particularmente aqui onde o SuperTrio mora, no Nordeste do País, também a última semana das festas juninas (ou "festa da junina", como ainda se expressa o SuperFilho). E, assim, toda aquela fleuma "pré-férias", misturada aos anúncios de encerramentos das aulas e dos arraiais, deixou a SuperFilha meio em polvorosa para aproveitar tudo nesses últimos dias - Mas, Filha, já, já você estará de férias e, com sua Mamãe também em casa, poderemos aproveitar melhor do que estes últimos dias de colégio, cheios de provas e tarefinhas, você não acha?

Como ninguém tirasse a ideia fixa de "aproveitar" daquela cabecinha dura, o jeito foi, no último fim de semana, tentar a sorte num arraial de um shopping aqui perto da SuperTorre (Shopping Rio-Arril, como costuma dizer nossa SuperFilhotinha) - e lá fomos nós tentar a sorte num lugar já costumeiramente bem cheio em qualquer sábado, sem nos darmos conta de que, com o movimento a mais das atrações juninas daquele centro comercial, ficaria difícil até pararmos para comer qualquer lanche, uma vez que até a praça de alimentação estaria muito mais concorrida do que o habitual!

E, assim, com os SuperGêmeos já se irritando diante de tantas atrações e brinquedos onde nunca parávamos em razão das grandes aglomerações e a mais velha já reclamando de fome sem uma cadeira à vista no imenso saguão dos restaurantes e lanchonetes, o desespero começou a bater à porta do Papai aqui: qual era mesmo o pleno B?! Ah, é verdade - não havia! Então era necessário criarmos um agorinha mesmo... Primeiramente, o saciamento com o jantar: um Spolletto num ponto diametralmente oposto dali e bem distante de folguedos e lotações juninas...

Em seguida, ao se lembrarem que, na verdade, saíramos para "brincar" e "ver movimento de festa junina" e não conseguimos, nada melhor que descer para um parquinho da Lagoa bem mais vazio pelo avançado das 21 horas, comprar umas bombinhas e nos distrairmos longe de qualquer tumulto! Até porque foi nesse mesmo parquinho que um quase-trauma se formou em todos nós há cerca de 1 ano, quando, saindo também de uma apresentação junina dos pequenos na famigerada antiga escola, num sábado absurdamente lotado de pais e filhos por entre os brinquedos, a Filhotinha fugiu de nossas vistas e, enquanto a mãe e eu nos desesperávamos a perguntar dela aos transeuntes, lá estava a nossa serelepe garotinha a pular num inflável, tendo-o invadido havia uns 5 minutos. Detalhe: paguei 20 reais, preço maior do que o cobrado por meia hora em tais atrações, dados o caráter e a rabugice do dono - que sequer nos ajudou na primeira vez em que passamos gritando pela menina em sua frente...

Mas nem tudo estava perdido em termos de festa junina na SuperFamília: se a ex-escola dos gêmeos, o ainda atual "colégio exponencial" da primogênita já deixou de lado as brincadeiras de São João desde o 1.º ano, foi inesquecível ver dançando junto o meu supercasalzinho ao som de Sebastiana, do genial e centenário Jackson do Pandeiro (quase estragada na "interpretação" desastrosa de Xuxa e seu coro de crianças) num animado festejo, na última quarta-feira, num outro shopping local - este, graças a Deus, bem mais vazio... E tudo isso surpreendentemente bem ensaiado e organizado pela "escola dos princípios cristãos" dos pequerruchos - que parece ter finalmente entendido o valor lúdico do "pagão", "católico" e rico folclore nacional!

Por fim, a coragem do "primeiro dia de férias" (ou o "último dia de aula", como prefere minha Beloca) e todo o mise-en-scène que lhe costumo aplicar a fim de lhe tornar especial e memorável fez com que todos nós encarássemos um concorrido arraial da Cidade na noite de ontem, pré-feriado municipal de São Pedro - mas logo depois da terapia do Filho, ainda cedo, antes das 19 horas e, portanto, da assustadora superlotação característica desses lugarejos... E qual não foi a nossa surpresa ao ver que, no fim, deu tudo certo, fazendo um pouco de tudo com meus pequenos: curiamos uma apresentação de Bumba-meu-boi, ouvimos um pouco do tradicional forró "pé-de-serra", estouramos bombinhas, tiramos fotos por entre bandeirinhas em mosaico e cenários de réplicas de nossos principais centros turísticos - até terminarmos a noite, ainda cedo (antes da lotação...), em caros e grandes brinquedos infláveis espalhados pelo local e que nada tinham a ver com festa junina... 

domingo, 16 de junho de 2019

CRUSH?!


Diários do Papai, 15 de junho de 2019

A SuperFilha anda cheia de histórias... Uma hora, nenhuma amiga gosta dela, ao ponto de eu me preocupar - ela sempre foi muito tímida; demorou pra se enturmar... No outro, era só aborrecimento momentâneo com um tal dum "lanche coletivo", em que ela "não é obrigada a participar", ou uma disputa de ciúmes entre amiguinhas, coisas da idade... Aqui e ali, novas histórias, que, de cara, dão aquele alarde, porém logo se revelam como alguma criancice momentânea...

Foi quando ela veio com um novo "menino bonito", de quem ela "estava gostando muito", e de quem gostaria de se "aproximar mais e se tornar amiga" - sim, preocupante: "muito cedo", "só tem de 8 pra 9 anos", "é assim que começa" e "tem que cortar logo pra não alimentar besteira" bem poderiam ser os pensamentos imediatos de uma avó como a Vó-Dinha, mas, apesar de algumas histórias meio "tortas" que tratei de ir cortando ou lembrando-a da sua idade, não foi nada que preocupasse à Mamãe nem ao Papai aqui...

Afinal, uns dois anos atrás, era um "amor roxo" por um menino superbobinho, nenhum "perigo", o Gui, que depois, descobrimos com seus pais tratar-se de um garoto com timidez ainda maior que a dela e com problemas de socialização com a sua turminha... "Ah, que bom: ela só está sendo amiga e, para a idade, tem aquela coisa de 'primeiro amor', 'menino bonitinho' etc.", pensei. Até que, ano passado, "novo amor": um chamego doido com outro amiguinho de classe, o Biel, ao ponto de, quando anunciou que mudaria de escola, minha menina só faltou nos enlouquecer por um "encontro num shopping" com ele!

Não me fiz de rogado: comprei com ela um livrinho bem bacana para a "lembrancinha de despedida" e foi organizada, nas férias de dezembro, uma voltinha com as mães e seus rebentos in love pelo cinema com Como treinar meu dragão 3 - que ele nem gostou muito, já querendo só ver filmes dos Transformers  ou de super-heróis! E chega de namoricos, que ela é só uma menina... Nisso, um golpe me tomou de assalto no terceiro round dos "amores" de minha garotinha...

- Pai, as meninas ficam só me provocando que o Gui Beckmann é o meu crush... Sim, isso mesmo: com sorrisinho maroto, como se estivesse adorando - apesar de jurar que estivesse "muito chateada com as provocações" -, acabara de ouvir da minha menininha uma palavra que aprendi há bem pouco tempo, por lidar com alunas bem jovens ainda e que me trouxeram o estrangeirismo como novidade: crush é aquela paquera, um(a) amigo(a) que pode virar namoro ou simplesmente aquele(a) garoto(a) que balança o seu coração! Ai, ai... Sério? Crush?!

Claro que voei a lhe replicar tudo anteriormente já dito sobre namoro ser coisas para adolescentes/adultos, que na sua idade não se namorava, que o novo amiguinho - ele é novato deste semestre -, por mais lindinho que fosse, era criança como ela... E ela foi logo consertando, que era mais curtição das meninas, que cada uma já dizia qual era o seu tal de crush e que ela só achava mesmo o menino bonitinho e, querendo ser amiga dele, aceitou a brincadeira das amigas quanto a ser este o seu "escolhido"...

Aonde essas crianças vão parar com suas precocidades?! Crush, vejam se eu posso com uma coisa dessas... Resolvi dar de ombros e tocar o barco, mesmo porque os SuperGêmeos, assim como o tempo, nunca param e seguem em disparada entre travessuras e preocupações - como essa "catapora" abrupta da Filhotinha: só mais uma alergia? Levo ao médico, faço exame... já passou! E, então, sigamos todos para a festinha de aniversário da Gi, também amiguinha da escola da primogênita, e tudo vai muito bem na adaptação dos meus menores entre os "meninos grandes"...

Até que, em meio a etiquetinhas sob a temática "Festa Tropical" - Temática adolescente, hum... me perguntei -, por entre plaquinhas coladas a uma varetinha colorida do tipo "Nada a declarar" (!), "Que top!", "Essa festa é o paraíso", "posta nas redes sociais" (!!) e "Arrasou!" - Ei, essa temática é, sim, adolescente!, passei a me preocupar! -, eis que ela escolhe o cartazinho... CRUSH! E ainda me diz, sorrindo como a menina superbobinha que (graças a Deus ainda) é, outra historinha bem torta: - As meninas estão só me falando pra eu levar essa placa no próximo dia dos namorados pra escola...

E agora, chegando ao final desta semana dos namorados do qual acabei passando ao largo, tamanhas as preocupações e dores de cabeça de um SuperPai, posso dizer que tenho duas notícias como desfecho para o "Preocupações com o Caso Crush" - primeiramente, a ruim: ela levou a plaquinha para o colégio no dia 12, sim, e foi aquela molecagem com as arteiras amiguinhas (más-influências!)! A boa, quase ótima eu diria, veio em seguida: o menino em questão não gostou nada da ideia de ser achado bonito, da ousadia de minha precoce menina ao querer um abraço seu (- Mas os meninos vivem abraçando-o...) e saiu correndo! Como diria a canção: São só garotos...

 

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