terça-feira, 25 de abril de 2017

Pela primeira vez... Poesia!


Esse bloguinho existe pra falar dos meus superfilhos - na verdade, começou para falar somente da Filha, que, em agosto de 2010, faltando 3 dias para o Dia dos Pais, recebeu a primeira historinha registrada aqui, vindo a ampliar o "elenco" com o SuperFilho e a SuperFilhotinha somente quase 4 anos depois... Mas, desde o início, a conversa toda se deu somente por meio de crônicas, sempre com as presenças dos cinco "personagens" que compõem esta família (além das "supercrianças", o tal SuperPai e a Mamãe) e/ou com a presença de algum "convidado especial", como os avós ou outro parente, algum amiguinho: no começo, pequenas, "croniquetas" mesmo; depois, muitas vezes era tanto "causo" pra contar que alguns textos ficaram bem grandes, especialmente em se considerando as coisas crutas que caracterizam as leituras virtuais... Mas hoje é diferente: sendo aniversário dos SuperGêmeos, e sendo o Papai aqui também um poeta além de cronista, decidi contar em versos sobre como é criar, conviver e aprender tanto com essa duplinha incrível! O curioso é que - e isso só vim a perceber hoje - jamais havia escrito um poema sequer para nenhum dos meus filhos! Até ensaiei uma estrofe, algum tempo atrás, para a SuperFilha, porém jamais dei por concluído, nem publiquei por aqui - quem sabe não fecho essa tarefa até o mês que vem, quando ela completará 7 anos, a mesma idade destes Diários do Papai?! Merece... Então vamos lá...

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Ao Mesmo Tempo

Ela me chama o dia inteiro
Ele se atrasa pra chamar a atenção
Ele é travesseiro; ela, balão!

Ela corre e sobe em tudo e por cima de mim
Ele me pisa, derruba e destrói e grita
Ela é bonita; ele puxou a mim...

Às tantas, ainda agitam
Ambos querem falar
E à toda só se comunicam...

Por sobre as minhas dores mais febris
E de derrota repetida
Ela me devolve à vida quando me sorri

Ele já me ensina paciência
No seu grito agoniado,
Mas olhar de inocência

Ela só quer se for agora
Ele não fica muito atrás...
Ela é um azougue; ele, aguarrás!

Com seu olhar de pimenta
E agilidade de pipira
Ela é só um borrão na fotografia

Ele para e se apacenta
Para, logo depois, nova ira:
Berra, desmonta e se irradia!

Ela já quase uma mocinha,
Faceira, porém debochada:
Ri depois do beicinho e de ficar emburrada!

Ele ainda bobinho,
Um pouco mais baixinho,
Sabe ser um rude homenzinho da mão pesada!

Eles às vezes se pegam:
Até outro dia ele mordia
Ambos chutam, empurram e resfolegam

Antes da próxima jornada...
Nem parei, nem vi direito
Eles já cresceram desse jeito

E eu quase não me lembro de nada...
Quem disse que o tempo é perfeito
Ou ser pai é ser escorreito?

Meu peito segue sempre pesado...
Ontem trabalho, hoje culpas
Me avulta o tempo todo muito bagunçado...

Nem o melhor, nem tão ruim
Sigo pai assim, assim
Para eles, a mais velha e minhas próprias criaturas

E em meio a tantas adoráveis diabruras
Digo e repito: sou feliz um tantão assim!
Ele é realmente bonito... Ela puxou a mim...

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