Cuidado, papais e mamães de primeira viagem: O mal pode estar bem próximo de seu bebê! E, o que é pior, na forma de uma inocente garotinha loirinha, fofinha, de vestidinho e com carinha de boba...
Assim, com jeitinho de menina tímida, meio olhando para o chão, meio para a nossa filha, fazendo semi-círculos com o corpo a embalar-se pra lá e pra cá, aquela menininha arrumadinha em seu vestidinho de babados se apresentava a mim e a minha mulher, com nossa filha de dois meses nos braços, sentados que estávamos num dos bancos do jardim do condomínio - no que conversamos um pouquinho, mais minha mulher que eu. Não sei por quê, mas sentia algo de incômodo com a aproximação forçada daquela menina...
No dia seguinte, mais ou menos na mesma hora do entardecer em que passeáramos no dia anterior, toca a campainha de nossa casa: minha mulher estava na cozinha; eu, na sala; nossa filhinha, no berço. Decido abrir a porta, depois de nada olhar no olho mágico: era a tal garotinha, com a mesma carinha sonsa de inocente, sempre com olhar meio para baixo, perguntando do nosso bebê... Agora era minha vez de ser cativado por aquele "carinho infantil": deixei entrar e, num instante de distração com minha esposa, onde estava a garotinha do vestidinho?! Corremos e lá estava ela, já no quarto de nossa Filha, com as mãos devidamente para trás, olhos fixos no berço... Foi um susto, sem dúvida: afinal, nunca se deve deixar uma criança maior sozinha com outra - ainda mais esta, que já regulava uns 8 anos e ainda não se sabia direito que intenções possuía...
"Nem hoje, nem amanhã, enquanto você estiver por perto, menina esquisita!", pensei por um momento... Mas apenas respondi que nossa filhinha já dormia e que talvez, no dia seguinte, passearíamos novamente com ela nos jardins. E assim se sucedeu em todas as tardinhas seguintes, a "garota do vestidinho" batendo na porta e querendo entrar, ao mesmo tempo em que sempre nos abordava e nos seguia feito mosca mal descíamos ou saíamos do carro com a cadeirinha, vindos de algum lugar... Alguma coisa precisava ser feita...
Passei a não mais atender a campainha naquela exata hora do dia. Até que ela foi desistindo e não tornou a aparecer. Algum tempo depois, minha esposa acabou sabendo por outra mãe do condomínio que eu, pelo menos desta vez, estava certo:
Assustador, não? Mas, apesar de hoje ser o ora tão cultuado por aqui 'Haloween', o dia das bruxas dos estrangeiros, garanto que isto não é historinha de terror inventada: é a mais pura verdade... E quem quiser, que conte outra...






