sábado, 25 de fevereiro de 2017

Super-Heroizada


 
Com a febre dos super-heróis tendo invadido o universo cultural de crianças de todas as idades
desde a recente explosão de superproduções cinematográficas e desenhos animados na TV sobre os famosos personagens dos Quadrinhos, não se consegue imaginar uma só mochila, lancheira ou brincadeira que não envolva uma imagem ou um boneco do Flash, da Mulher Maravilha, do Thor ou do Homem de Ferro! E sem distinção de sexo, uma vez que as garotas, com toda a boa filosofia do empoderamento feminino de volta e discutido desde tenras idades, andam cada vez mais aventureiras e forçudas nas armações dos parquinhos da hora do recreio, imaginando-se a Ladybug, nova versão infanto-juvenil das velhas heroínas, ou ainda a versão pop-teen em estilo japonês, Lolirock...

Que o diga a SuperFilha, que, valendo-se dos seus habituais superpoderes, rendeu até uma coleguinha “vilã” (mais jovem, claro!), com a ajuda de uma versão feminina do Catnoir (no caso, uma prima da “vilã” e igualmente mais velha), em peripécias recentes na casa de uma amiga da Mamãe... Mas não, ainda não há nada de assustador em tais brincadeiras: graças a Deus, pelo menos as crianças próximas ao SuperTrio nada têm de violentas e não costumam lançar-se a emulações de lutas ou outras presepadas agressivas, como parte dos meninos já iniciados no nada infantil UFC – ou mesmo nos atuais filmes sombrios e truculentos dos poderosos combatentes da Justiça, como em Capitão América: Guerra Civil ou Batman Vs Superman: O Despertar da Justiça – por pais irresponsáveis que não respeitam a indicação etária de certas atrações...

Não, não... Tudo ainda tem somente aquele tom do “bem contra o mal”, “herói prende os bandidos” e todo o repeteco sem fim dos jargões ditos pelos encapuzados coloridos nos desenhos da vez! Tanto é assim que, além das deliciosas versões Lego de personagens como os da Marvel e da DC, bem como de Star Wars, aos poucos vão surgindo novos super-seres “adaptados” para a criançada que ainda não pode acompanhar os filmes cada dia mais adultos nas versões com atores em carne e osso – vide o sucesso de animações como Go Teen Titans, dos Jovens Titãs, no Cartoon Network, que mostra Robin, Ciborgue, Ravena e cia. em versões infantis e cômicas no melhor estilo “mascote bonitinho de mangá” (aquelas revistinhas japonesas, cujo traço exagerado é popular entre as crianças do mundo todo, desde o final dos anos 80).

Com isso, fica bem mais fácil atrair os bem pequeninos e vender-lhes brinquedos e traquitanas cada vez mais cedo, de pelúcias a linhas escolares completas! O SuperFilho, por exemplo, que nem é muito de super-herói (o negócio dele são os carrinhos, dele e da coleção do Papai aqui, que ele já usurpou...), tem uma pelucinha do Hulk que é a sua cara, fofinho o suficiente para manter no berço e não assustar a Mamãe, mais pudica e contrária à ideia de ter um monstro verde e musculoso, com cara de ódio, no quarto do filhinho caçula!


 

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